User:Macgalhaes

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Prefacio

De a mar a marte sempre É o segredo do nosso a mar A certeza de a marte E a incerteza do que isso será para sempre

De a mar a marte sempre Vai do sonho, a ilusão do real à solidão Por pequenas lagoas de palavras Vazios em branco preenchidos de amor

                                                LUISAMAR




Dedicatória

                                                           Para ti que recordas                             

Hoje mais do que amanhã Amanhã muito mais do que sempre.








São lagoas de palavras escritas por onde correm organizados desorganizados poemas.. São as palavras de todas as fontes, as tempestades de palavras que caem, cascatas de palavras construídas para nelas, saciares a sede, perfumares teu corpo, mergulhares teu sonho. São as gaivotas de todos os céus de todos os planetas... Para.Olha o espelho desta lagoa, olha bem no fundo e nela encontrarás quem sabe talvez um poema. De a Mar a Marte sempre quer levar-te a ver e a sentir a ti que tens os olhos desfeitos em lágrimas nesta lagoa, onde quem sabe existe o Amor ou apenas um poema....


Um poema é mais do que se escreve é o que se sente tal como o amor mais do que se mostra é o que sente Estes são poemas escritos, sentidos poemas de amor talvez não sei só sei que são Poemas ....





Dentro destes olhos desfeitos em lágrimas há um poema que diz: -Hoje quero escrever amor com todas as letras deste Mar.








Às lagoas de palavras vão desaguar poemas Talvez poemas de amor Quem sabe.....










Ontem fui teu a mar Tua fantasia,alegria Hoje sou apenas o que resta do a mar que secou Máscara que deitaste fora indiferença Teus passos que caminharam para mim Hoje vão noutra direcção Tuas mãos que me queriam Hoje nem me abraçam Tu partiste no a mar Mergulhaste no espaço, foste no infinito Fui teu a mar, tua emoção, fonte do teu prazer Teu sonho também fui Deixaste de sonhar Não sou gota de água Nem pequena lagoa Já não sou teu A MAR


Foi em marte Onde a marte foi fácil, pois marte é difícil No a marte a incerteza e a marte será impossível Foi na terra que vi Que a mar é mais fácil do que a marte A marte foi em Marte, Na Terra só a mar vale a pena A ti Talvez no dia em que o teu a mar Fluir sobre o meu





Tu Onda no meu mar Meu pássaro voador Luz da minha vida Meu céu estrelado Te digo adeus A ti que foste Onda que no meu mar, balançou meu barco foste meu pássaro voador e deixaste de voar foste na minha vida luz que deixaste de alumiar E meu céu estrelado que foste Te digo adeus Tu que foste meu amor



Ao apagar das luzes Faz-se noite Tu estás presa nas horas Incerta nos passos Dispersa no caminho Eu preso nos minutos das tuas horas E na certeza dos teus passos Caminho pela noite Sei que uma noite nos encontraremos No final do dia Ao apagar das luzes





Hoje O ponteiro dos segundos está tonto O tempo está cansado por passar tão depressa É então que se extingue as estrelas Que a lua caí que a noite morre Dela só restam as sombras Nas esquinas mais escuras O cão vadio abriga-se do orvalho do amanhecer E eu, só eu continuo tonto Cansado de tanto te procurar Para min não se extinguem as estrelas Permanecem, A lua não caí, ergue-se E a noite não morre renasce Só prossigo na minha noite Em busca de uma sombra Continuarei até que o orvalho me Consuma e me reduza a Sombra Pelos passos de todos os dias Não sei por onde vou Pelo olhar do passado Não sei quem fui Vejo o caminho à minha frente Não sei quem sou Sei que nas profundezas do meu ser Brotam lavas incandescentes de amor Por baixo desta estátua de pedra Que trago em mim Onde ficaram marcados os passos da minha existência e o caminho que tu seguiste o que eu percorri Fui perdido nos teus passos e Ao encontrar-me no cruzamento da vida Páro. Ao olhar para mim perguntei O que fui, quem sou? Não sei o que fui, não sei o que sou Não sei por onde vou, sei que não vou por aí Por onde caminham os teus passos de ilusão

Sou o que o tempo fez Fui o decorrer desse tempo Num abrir e fechar de olhos Já não sei quem sou Já não sei quem fui Sou apenas o que o sol aquece e o que a chuva molha Fui o que o vento trouxe e o que o fogo queimou No caminho da vida Ficaram os pedaços de cinzas do meu ser O que o vento trouxe até hoje e formou esta estátua que se transformou em pedra Dessa estátua o meu ser Hoje já não sei quem fui Sou apenas quem sou Sou o mundo que o sol aquece O mar desta chuva que caí Um interregno no tempo Num abrir e fechar de olhos Olho-me no espelho Sei quem sou Vais por esse a mar Para trás O velho sol de cascatas de luz As pedras gastas de um rio Um fio de água Rio acolhedor mas pequeno Passa um barco Que quis esse rio só de abrigo Fez desse rio seu cais Vais por onde a mar Que escondes as cascatas de sol E um pequeno rio Permanece Abrigo Caís Simples fio de água Que te leva por esse a mar



Escorrego pela areia Penetro no barulho do solitário mar Grito com ele a solidão e vamos os dois Por entre os raios de sol Vamos pedra ante pedra Em busca de uma mão deserta Dum barco perdido Vagueando caminho pela fantasia Vou por onde me leva o vento Perco-me numa gruta sem saída Acordo Sentado na areia Oiço o grito do mar O barulho da solidão




Nem a brisa de vento que corre Me tira a ti do pensamento Nem o sol quente de verão Me faz esquecer que existes Nem o vento Nem o sol Nem o mar Só tu me fazes esquecer que existo E quando o fazes Vens ao encontro do meu pensamento E juntos adormecemos no sono das horas Até ao desvanecimento deste pensamento Que trago em mim Que tenho de ti




Tudo tem um fim Tudo acaba Tudo começa Há de chegar o dia Em que chego ao fim do caminho Ao cruzamento do desespero Perto da ponte fatal No precipício da vida, Onde não há fantasia tudo é real Nesse dia quero levar ao mar da morte Minha alma confortada Meu sonho sonhado Meu coração preenchido Levar na memória todos aqueles que amo Nesse dia quero que não sintam no peito um cheiro de saudade mas uma lembrança de mim... Que sintam a minha presença viva nos seus corações para que sintam que existi Para que sintam uma pequena lembrança de amor...... Passa o tempo No ar a mesma gaivota de sempre Na procura mútua dos nossos seres O mar Mar a única coisa que nos separa A mar a única coisa que nos une Passa o tempo No céu o mesmo sol de sempre Para lá destas nuvens de estrelas Que iluminam os nossos corpos Marte Marte distância que nos separa A marte distância que nos une Passa o tempo Para lá do mar que nos separa Este a marte que nos une De a mar em a marte Fica a certeza da eternidade Sempre


Vêm Porque por detrás desta minha Imagem está uma mão Que espera outra Para de mãos dadas ficarem Até ao nascer de um novo dia








Para além dos momentos passados E guardados no tempo Fica esta nuvem negra no céu E o sol que ofusca o meu coração









Sei que te trarei sempre na boca Pois estás ligada à palavra Amor










Amor é como o mar Flutua Têm as suas tempestades Mares altas Noites calmas ao luar E aqui o mar continua a correr Até ao fim do A mar







Página vazia um poema Que está no princípio da tua imaginação Onde não existem impossíveis Tudo é real É uma página realmente vazia Que estão os melhores poemas Página vazia poemas de amor Poema Ilusão Vazio






Nesta página existe um poema No princípio da tua imaginação.....










Vou neste barco numa viagem Em que o importa é viver hoje Pois o amanhã ainda vem longe Continuo a remar de mar entre mar E até ao extinguir deste a mar Continuarei a viagem Neste mar de palavras








Secam as palavras desta lagoa Dormi com as palavras de ilusão Nasci com sede de palavras Morro a sede sem poemas de amor Porque seca a lagoa de palavras









Parti para a marte Cheguei a marte Mas teu a mar Foi desaguar noutro oceano Hoje Meu a mar vadio fez-se lagoa de palavras E já faltam palavras da lagoa Para te voltar A mar







Parti a mar E cheguei ao porto Onde hoje desembarco Desta viagem que fiz Numa lagoa de palavras Naveguei no meu barco de ilusão Remei palavras Pesquei as palavras Afoguei Palavras Perdia as palavras Mas ainda me restam palavras Para te dizer Como é bom a marte Mesmo que faltem as palavras




Desfeitas estão as palavras Que correm desorganizadas Em organizados poemas Esses flutuam e preenchem Páginas brancas de palavras Até ao virar das páginas Correm palavras nesta lagoa







Do fundo desta lagoa Veio uma semente de flor Que nasce na primeira Página deste livro E hoje morre aqui ao completa-lo Da semente de flor Do fundo desta lagoa Restam as palavras Que cobriram espaços em branco De páginas vazias






Este a mar acaba na linha do horizonte Onde se esconde o sol E acabam as palavras Depois o fim do livro















                     Fim